O Carnaval de Veneza dos arredores de San Marco

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O Carnaval de Veneza dos arredores de San Marco

Veneza reinterpretou a “Saturnalia” da Roma Antiga e as “festas dionisíacas gregas” para atender às suas necessidades: diminuir as tensões sociais da época.

Na saída de uma conferência na europa nos arredores da Piazza San Marco decidimos conhecer a festa que foi originalmente estimulada pelos nobres da cidade, diferentemente do carnaval brasileiro, que surgiu das classes baixas. O carnaval de Veneza possui raízes milenares, com suas primeiras aparições já no século IX!

As vestimentas desta festa foram sendo moldadas com os anos e atualmente procuram imitar os trajes da alta classe do século XII e XIII, mas reimaginados com mais cores e pompas, resultando em uma roupa um pouco caricata, em alguns sentidos. Estávamos com o bom e velho costume de sempre e sem máscaras.

As máscaras também sempre foram uma constante no carnaval de Veneza e traziam uma ideia de mistério e anonimato. Mas elas já trouxeram problemas, pois muitos ladrões e contrabandistas podiam tranquilamente se disfarçar e se misturar em meio à multidão mascarada. Por isso, as máscaras chegaram a ser proibidas no século XII.

Sentamos em um Café nos arredores da Piazza San Marco com centenas e centenas de pessoas trajadas nas mais variadas cores e plumas, organizando-se em gôndolas e desfiles até que chegou até nós uma mulher que estava na conferência e me interrogou sobre uma das minhas falas na conferência inspirada na República de Platão, que vou reproduzir aqui.

Seria muito simples através da sabedoria conseguir riquezas, mas não se deve buscar sabedoria para este fim, porque a sabedoria está acima das riquezas. Aquela mulher questionava o que 99% das pessoas estavam fazendo errado enquanto 1% ficavam com toda a fortuna do mundo.

Perguntei aquela mulher: É possível encontrar riqueza no lixo? É claro que não respondeu. Logo disse: Em meu país o Brasil, enterramos por ano 40 bilhões em materiais junto com o lixo. Um dos meus negócios é fazer essa triagem e reaproveitar o que jogamos fora. A riqueza está no conhecimento. A sabedoria está em saber o que fazer com ele.

A festa dura 18 dias (31 de janeiro a 17 de fevereiro), mas a programação é intensa: desfiles, concertos, bailes, teatro, circo e muitas máscaras colorem e aquecem a cidade no inverno.

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